Roberto Rodrigues de Menezes.

Roberto Rodrigues de Menezes



sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Minibiografias: Bach e Lizt.

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07 - JOHANN SEBASTIAN BACH - Compositor alemão (1685-1750). Ainda criança, iniciou seus estudos de violino tendo como professor seu próprio pai, músico da corte de Eisenach, e mais tarde seu irmão Johann Cristoph. Teve vinte filhos, todos eles com acentuados pendores para a música. Bach é um dos maiores músicos que a humanidade produziu, e algumas de suas composições ainda não encontraram rivais. É representativo da época anterior (período polifônico) e da música harmônica baseada na tonalidade. Exerceu funções musicais em várias cidades, fixando-se afinal em Leipzig, onde desenvolveu sua mais significativa atividade como compositor e regente. Sua produção compreende cinco séries de Cantatas de Igreja, Paixão segundo São Mateus, Missa em Si menor e numerosas obras para piano, órgão, violino, entre as quais se destacam O cravo bem temperado e a Arte da Fuga.  Sua obra foi coligida e publicada entre os anos 1850-1900, constituindo  59 volumes.
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Julgo, senhores leitores, com a devida vênia, que Bach, Mozart e Tchaikowsky, cada qual a seu modo e a seu tempo, foram os três monstros sagrados da música erudita. Mas Bach vem em primeiro.
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Sugestões para ouvir: se os senhores se derem ao trabalho de realmente buscar estas músicas, verão que já as conhecem. De complicado só o nome.
- Allegro assai - do Concerto 2 para violino.
- Concerto 3 de Brandemburgo.
- Cantata 147 (Jesus, alegria dos homens).
- Concerto 5 Harpsichord -   Largo. (este movimento, em versão, foi tema de amor de Zuca e José Jerônimo na novela Cabocla.
- Ave-Maria (Bach-Gounod). A ave-maria mais conhecida no mundo, embora eu considere mais linda a de Boaventura Somma.
- Suíte 3 - Ária na corda sol.
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 08 - FRANZ VON LIZT. Virtuose do piano e compositor húngaro (Raiding 1811-Bayreuth 1886). Já aos nove anos apresentou-se como concertista de piano, percorrendo vários países da Europa durante quase três décadas. De sua união com a condessa D'Agault nos anos em que esteve na Itália (1835-39), teve três filhos, sendo uma, Cósima, a segunda esposa do grande compositor Richard Wagner (Ópera O Anel dos Nibelungos), a quem Lizt sempre muito favoreceu. Em 1848 fixou-se em Weimar, dirigindo a orquestra da corte. Abandonou sua carreira de concertista para dedicar-se à composição. Em 1861, porém, desgostoso com a resistência que encontravam suas ideias inovadoras da arte, foi para Roma, onde recebeu as ordens menores e se dedicou à música sacra.  Reatou nove anos depois as antigas relações, e passou então o resto dos seus anos alternadamente em Weimar, Roma e Budapeste, festejado como nenhum outro músico o fora. Suas obras principais são:
- Para piano: 19 rapsódias húngaras, numerosos estudos de concertos, noturnos, baladas, fantasias, etc.
- Para orquestra: 14 poemas sinfônicos, entre os quais se sobressaem Fausto, Mazeppa e Divina Comédia.
- Várias músicas sacras com brilhante orquestração, oratórios, salmos, cantatas, etc. 
- 60 lieds (música popular tradicional da região do Tirol) e alguns coros para homens. 
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Tenho, da obra de Lizt, meus caros, apenas uma sugestão: Liebestrãum (Sonho de Amor), a meu juízo a mais bela música que alguém já fez neste vale de lágrimas. Eu era cadete da Polícia Militar catarinense nos idos de 1969-70, estava no Grêmio Tiradentes e escutei uma bela canção em violoncelo e piano. Parei, fui até perto da radiola e fiquei escutando aquele disco de vinil chamado long-play, com clássicos diversos. Naquela época gostávamos dos Beatles e Roberto Carlos, mas cultivávamos também a musica erudita e orquestrada. Pedi para escutar mais uma vez, para impaciência de dois ou três amigos. Após isso, procurei tomar contato com mais alguma composição de Lizt, mas não adiantou. Não me interessei por suas outras produções, apesar de belas e refinadas. "Sonho de amor" era ímpar, inigualável, e até hoje me emociono ao  escutar esta melodia, tanto que já disse à Sílvia que me sepulte ao som dela, quando chegar a fatídica hora. Ouçam e me cobrem!...
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Teatro Carlos Gomes de Blumenau, palco da música erudita e de outras manifestações artísticas. Meu saudoso sogro, João Santiago Amaral, tocou ali seu violino.
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Fonte: Dicionário Enciclopédico de 1943.
Imagens da Wikipédia.
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