Roberto Rodrigues de Menezes.

Roberto Rodrigues de Menezes



quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

ASSASSINATO DE POLICIAIS III.


O jornalista André Petry, num artigo recente publicado na revista Veja, apontou um fato francamente patológico: o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, conseguiu o prodígio de não comparecer ao enterro de um único dos cento e tantos agentes da sua polícia assassinados ao longo do ano de 2012. A atitude seria considerada monstruosa em qualquer país sério do mundo. Aqui ninguém sequer percebe o que o homem fez, a começar por ele próprio. Se lesse essas linhas, provavelmente ficaria surpreso: "Não, não fui a enterro nenhum. Qual é o problema?". A oposição ao governador não disse uma palavra sobre sua ausência nos funerais. As dezenas de grupos prontos a se indignar 24 horas por dia contra os delitos da polícia, reais ou imaginários, nada viram de anormal na conduta do governador. A mídia ficou em silêncio. É o aberto descaso pela vida, quando essa vida pertence a um policial. É, também, a capitulação diante de uma insensatez: a de ficar neutro na guerra aberta que os criminosos declararam contra a polícia no Brasil.
(J R Guzzo).
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A Revista Veja é o último baluarte que ainda se atreve a criticar as mazelas do governo federal. Todas as outras (Carta Capital à frente) já estão domadas. Afinal, as propagandas do governo federal rendem milhões. Enquanto isso, Veja depende unica e exclusivamente da iniciativa privada. Banco do Brasil, Caixa e Petrobrás soltam a grana para os amigos da rainha.
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Mais atentados em Santa Catarina. Quase cem. Deboche, achincalhe, afronta. Os presos que mandam fazer isso já ultrapassaram todas as fronteiras do absurdo. Riem, ameaçam, pois sabem que muita gente boa está com eles. Senhor Governador Colombo, em quem votei, já está na hora de medidas rigorosas, de exceção. Os criminosos estão tripudiando. Ou o senhor toma medidas duras, ou isto vai piorar quando esses bandidos forem transferidos para presídios em outros Estados. Há que intimidá-los, pois eles nada respeitam. E aquele vídeo idiota com agentes prisionais atirando balas de borracha em presos sentados, de costas e sem camisa, que sirva de alerta. Estes agentes de faroeste deveriam ser todos colocados para fora do serviço público. Não se pode também aceitar mais gente metida a rambo na polícia e no serviço prisional. Dureza extrema, sim, mas com a lei. Pena isso ser impossível para menores, os grandes executores dos atentados. Eles ficarão impunes, como já é costume nesta terra estranha, onde "intelequituais", políticos, artistas e gente de todo tipo têm uma esquizofrênica atração por bandidos. Olhem abaixo.
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Enquanto gente desse tipo detiver o mando estatal, as polícias militares estarão sempre em perigo, pois eles são seus inimigos naturais e absolutos. Eles as odeiam. E nós retribuímos tal e qual.
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Diriam que a charge acima está atrasada no tempo? Não está, não. Lula manda, e muito mais que meus leitores pensam. Mesmo sendo o "intelequitual" do mensalão.
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Desculpem os leitores, mas abomino carnaval. São os quatro piores dias do ano. Não sou um bom sujeito, sou ruim da cabeça e doente do pé. Ontem vi um pedacinho do carnaval da Bahia, na tevê, na falta do que fazer. Lá em cima, os trios elétricos repletos de brancos sambando. Nos camarotes também, gente do fausto e artistas repletos de mordomias. E lá em baixo, os negros e pardos caindo na porrada, homens e mulheres. A polícia entrou e distribuiu diversas cacetadas.
Que coisa linda, o carnaval!
"Pula meu povo,
é teu agrado,
pula meu povo, alienado".
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Muitos políticos gostariam que o carnaval durasse 365 dias por ano.
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Um comentário:

  1. Permita-me um comentário:
    A revista Carta Capital não está domada, ela é engajada desde a sua gênese.

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