Roberto Rodrigues de Menezes.

Roberto Rodrigues de Menezes



terça-feira, 16 de julho de 2013

O FORO DE SÃO PAULO.


Lulla da Silva e Luiz Dulci no Foro de São Paulo. O objetivo é tornar vermelho todo o continente. O Foro tem a sua décima nona reunião em São Paulo, a partir de 31 de julho de 2013. Liberais e democratas estão promovendo um protesto (já que não se vive outra coisa) contra o Foro, base para a propagação do comunismo na América Latina. A utopia encarnada, leitores, ainda não morreu.

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O muro de Berlim, de triste memória, foi erguido pela Alemanha Oriental comunista em 1961, com o intuito de evitar que a população fugisse para a Alemanha capitalista, a ocidental. Acabara a segunda grande guerra e os alemães, derrotados, viram seu país ser dividido em dois. Cerca de sessenta mil alemães, ao saber que o muro seria construído, conseguiram fugir. Após isso, chegou a setenta e cinco mil o número de pessoas mortas pelos guardas comunistas, quando tentavam fugir do "paraíso" socialista. O muro possuía trezentas torres de vigias, cercas elétricas e de arame farpado, valas enormes e guardas com cães amestrados. No dia 09 de novembro de 1989 o muro veio abaixo, sendo a Alemanha unificada. A parte comunista, paupérrima, teve que ser adotada pela Alemanha Federal, que ficou incumbida de arcar com o pesado ônus da reconstrução.
Tudo isso, além da falência da URSS, foi uma perda considerável para o comunismo internacional. A economia estatal e planificada, recheada de burocratas e parasitas, revelara-se inviável.
Fidel Castro, na sua ilha, ficou preocupado. Com a extinção da URSS, a própria Rússia, seus quatorze satélites, mais os países do leste europeu, começavam a tentar se livrar da camarilha vermelha. A China continuava comunista mas, como o Vietnã, adotara a economia capitalista e aberta. O sádico Pol Pot caíra no Camboja. Cuba e Coreia do Norte permaneciam como dois reinos eremitas e de economia estatal, sobrevivendo o primeiro com o auxílio da Venezuela e do Brasil e o segundo sustentado pela China.
Castro, numa reunião em São Paulo com o Sr. Lulla da Silva e o Partido dos Trabalhadores, mais os partidos comunistas da América Latina, lançou em 1991 as bases do que hoje é o Foro de São Paulo, uma nova internacional socialista cucaracha. Urgia reconquistar na América o que se perdera no leste europeu. Para tanto criaram um novo Komintern, com o objetivo na época muito bem escondido de tornar comunista todo o continente. Hoje este desiderato está público e bem delineado Uma perda muito sentida foi Hugo Chavez, o verdadeiro mandão-canastrão do Foro.  Maduro não tem cacife para substitui-lo. Castro, apesar de ter um pé na cova,  permanece como guru do projeto.

No Brasil, o Partido dos Trabalhadores é o carro-chefe do Foro, acompanhado por partidos afins.
Participantes do Foro: Na atualidade Fidel (ou Raul, o que dá no mesmo), Lulla, Ortega, Cristina, Chavez passa a ser o patrono, Evo Morales, as Farc e seus chefes (que não vivem muito), Rafael Correa, além de outros, são as personalidades maiores. Os partidos comunistas de Cuba, Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai, Equador, Venezuela, Uruguai, Peru Colômbia, América Central e Caribe. Pelo Brasil o PT (Lula foi o signatário), o PC do B e o MST (Movimento dos Sem-terra). O assessor presidencial Marco Aurélio é o articulador brasileiro.
Lulla e Castro, os criadores do Foro.
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Outras agremiações do Foro:
ELN - Exército de Libertação Nacional da Colômbia. FARC - Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. MIR - Movimiento de Izquierda Revolucionária do Chile (sequestradores no Brasil de Abílio Diniz e Washington Olivetto). FSLN - Frente Sandinista de Libertação Nacional da Nicarágua. PRD - Partido Revolucionário Democrático do México (de Lopes Obrador). URNG - União Revolucionária Nacional da Guatemala. MRTA - Movimento Revolucionário Tupac Amaru do Peru. FMLN - Frente Farabundo Marti de Libertação Nacional de El Salvador. ERP - Exército Revolucionário do Povo da Argentina (Gorriaran Mello). EZLN - Exército Zapatista de Libertação Nacional do México. Movimento Clement Payne de Barbados. Partido Popular da Costa Rica. Partido de Libertação da República Dominicana. Tupamaros do Uruguai. Izquierda Unida do Peru. Frente Ampla do Uruguai. Movimento Bolívia Libre. Movimento Lavalás do Haiti. Aliança do Povo Trabalhador da Guiana.


Evo Morales, da Bolívia.
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O Foro tem uma revista trimestral própria, a "América Libre". No Brasil escrevem, dirigem e participam do Conselho Editorial Chico Buarque de Holanda, Emir Sader, Leonardo Boff e frei Betto, entre outros.
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Causou espécie em muitos brasileiros a apatia do governo Lulla em relação à invasão das refinarias da Petrobrás na Bolívia por tropas do exército daquela nação, numa evidente agressão a um país que sempre se revelou amigo dos bolivianos. No entanto, para o comunismo as fronteiras nacionais são tênues e algumas vezes irrelevantes, já que tudo gira em torno da internacionalização da causa, da pretensa utopia. Para o partido hegemõnico as fronteiras vão do México à Antártida. Por isso Lulla ofereceu ajuda, apesar do ato quixotesco e imbecil do presidente da Bolívia. E tudo foi feito por orientação do finado brucutu bolivariano, já cansado de debochar do Brasil.
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O Foro de São Paulo sempre foi escondido e a mídia brasileira prudentemente o ignorava. Era como se não existisse. Atualmente, após o PT colocá-lo em seu site e Lulla se referir a ele publicamente, a mídia brasileira começou a escrever sobre o Foro, embora timidamente. A Globo não toca nele.
Antes, quem o denunciasse era mostrado como direitista, paranoico e mentiroso.
OBJETIVOS do Foro: Formar na América Latina a URSAL, União das Repúblicas Socialistas da América Latina, como fez a Rússia com a URSS. Ou chamá-la, como querem alguns participantes, de UNASUL - União das Nações Sul-americanas. Isto, obviamente, não tiraria do esquema os países da América Central e Caribe.
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Reuniões do Foro: 1990 São Paulo. 1992 Manágua. 1993 Havana. 1995 Montevidéu. 1996 San Salvador. 1997 Porto Alegre. 1998 México. 2000 Manágua. 2001 Havana. 2002 Antígua. 2003 Quito. 2005 São Paulo. 2007 El Salvador. 2008 Montevidéu.


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As Farc não participam corporalmente do Foro desde 2002. Há o receio que seus elementos acabem presos, uma vez que, junto com o sonho da revolução, praticam sequestros e abastecem o mundo com cocaína e maconha. Talvez as cortes de seu país considerem um dia seus integrantes traficantes políticos, o que poderia, quiçá, absolvê-los. E dizer que a esquerda espera que o governo colombiano negocie democraticamente com seus participantes, visando a uma solução política para o conflito. Estão querendo que traficantes tenham status de homens de bem.
Nas reuniões do Foro, no entanto, as Farc continuam participando com documentação e sugestões escritas. Não são retiradas do Foro e o governo brasileiro não as reconhece como terroristas e traficantes que são, mas como "forças insurrecionais", o que faz a hipocrisia mais deslavada adquirir foro de verdade.
O projeto de poder do Partido dos Trabalhadores no Brasil se pretende perene. Estão há mais de vinte anos trabalhando sem pressa, obtendo das universidades e mídia preponderante apoio, além da sutil e contínua mudança do senso comum propugnada por Gramsci. A Novilíngua prevista por George Orwell continua sendo sistematizada, quando os valores se invertem e o que era bom, por exemplo, passa a ser ruim, ou vice-versa. O ocidente se vê em crise e as tentativas de destruição dos valores judaico-cristãos, em que se baseou a sociedade desde dois mil anos, são mais que reais. E quais as previsões políticas para o Brasil e sua gestão governamental de assistencialismo mais deslavado para a obtenção segura de votos? Dilma oito anos e o retorno triunfal de Lulla? Ou este não aguentará e tentará o retorno em quatro anos? Com a cooptação de partidos políticos de aluguel para uma elástica e pragmática base de apoio e uma oposição leniente, não há muito o que esperar. Não se necessita mais, até, deste Foro, nem de qualquer revolução.



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Como fecho, fica a lembrança da bela música de John Lennon, "Imagine", quando este recomenda que o mundo viva em paz, mas não tenha fronteiras nem religião. Assim se revela a filosofia do Foro de São Paulo. As manifestações e protestos pouco mudarão, pois são patrióticas, desde que não se toque em Dilma, Lula e o PT. Por enquanto, enganemo-nos com o futebol.
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O Brasil tem financiamentos secretos com Cuba e Angola, denuncia o senador Álvaro Vale, lendo extensa matéria na Folha de São Paulo. Há dez anos Marmelândia adotou este mau costume de financiar regimes totalitários comunistas em plena bancarrota. E as empreiteiras estão juntas com o governo federal nesses empréstimos clandestinos. Afinal, ideologia de empresário é o lucro e a do governo a ridícula utopia comunista. 15 países receberam financiamentos do Brasil. Não sabia que éramos tão ricos assim. Mas secreto, só Cuba e Angola. Por que tudo o que se refere a Cuba é secreto e sujo?...
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Tarso Genro recebeu em Porto Alegre onze manifestantes do bloco de luta pelo passe livre. Esse pessoal adora falar em luta. Muito fraternalmente, os do bloco relataram ao amigo governador que um bando de NEO-NAZISTAS estava depredando a cidade.
Olha, turma, esta tática é mais velha que a minha bisavó. O nazismo morreu há mais de sessenta anos. A esquerda, para desviar a atenção de si, costuma chamar baderneiros e bandidos comuns de neo-nazistas. Eles se denominam guerrilheiros muito especiais e agindo assim se preservam. Querem ressuscitar o Nazismo, câncer já morto e enterrado. Isso faz com que público e imprensa esqueçam o outro câncer mais deletério, o neo-comunismo, muito em moda nas terras de veias abertas. Durante mais de quarenta anos o nazismo foi responsabilizado pelos crimes de Stalin. Lembram da floresta de Katin, quando poloneses foram trucidados pelos comunas? Os nazistas levaram a culpa. Depois que a URSS ruiu de podre, a abertura dos arquivos da KGB mostrou um mundo que muitos desconheciam e muitos porfiavam por esconder. Inclusive a mostra cabal de que o militar desertor Luiz Carlos Prestes vivia a soldo de Moscou, recebendo em dólar. E essa mania de esconder nunca deixou os comunas. E voltou á tona em Porto Alegre. 
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