Roberto Rodrigues de Menezes.

Roberto Rodrigues de Menezes



sábado, 12 de dezembro de 2015

GOLPE, DILMA?

Se Dilma acha que é golpe, então tem de voltar a pegar em armas.

Descrição: Descrição: Presidente Dilma Rousseff durante reunião com juristas contrários ao impeachment no Palácio do Planalto, em Brasília (DF) - 07/12/2015

De todos os argumentos vigaristas para combater o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o mais estúpido é o que sustenta que sua situação é muito diferente da de Fernando Collor porque este, afinal, não tinha partido, não tinha base social e não tinha incluído milhões de pessoas na economia.
Aliás, aí está a essência do que defini como “petralhismo”, que é prática dos petralhas: apelar ao social para justificar ações criminosas. Consegue ser um lixo moral superior à defesa do roubo puro e simples. Por quê?
 O ladrão que não procura se justificar tem ao menos o bom gosto de não corromper o bem, não é mesmo? Esses outros não: arrastam qualquer ideia de virtude em sua pantomima criminosa. Se os operadores dessa máquina maligna são detestáveis, seus arautos na imprensa, no mundo do direito e na academia constituem a mais nefasta canalha.
Os ladrões que se assumem como aquilo que efetivamente são não degradam as instituições, não inviabilizam países, não condenam gerações ao atraso, à penúria e à melancolia. Esses outros, por óbvio, sim.
 Pensem: quanto tempo vai demorar para que o estado brasileiro se limpe dessa súcia que infelicita o Brasil, que impede a devida aplicação de políticas públicas, que se impõe para defender e proteger os interesses de seu grupo, de sua camarilha, contra as necessidades do conjunto da população?.
 Se querem uma evidência do que essa gente é capaz, olhem para a nossa educação, olhem para a saúde. Tomem como exemplo o surto de microcefalia no país. Há quantos anos o governo central namora com o mosquito, que antes era só da dengue, depois passou a ser também da chikungunya e agora é do zika vírus? O que mata os brasileiros não é um destino, mas suas escolhas.
 Ontem, Dilma compareceu à abertura da Conferência Nacional de Assistência Social — essas conferências, desde sempre, de qualquer área, são conduzidas por franjas do petismo. Foi recebida aos gritos de “não vai ter golpe”. A presidente não se fez de rogada. Afirmou: “Ao longo da história, os golpes não constroem harmonia, a unidade, nem constroem a pacificação necessária para os países avançarem. Pelo contrário: geralmente o que os golpes constroem é o caos, que deixam feridas e marcas profundas”.
 Dilma sabe que não há golpe nenhum. Ao fazer essa acusação, deslegitima o próprio Parlamento que vai tomar a decisão sobre o seu caso. Ela está a dizer que só aceita um resultado. Mas um Poder Legislativo que só pudesse votar de uma maneira seria livre?
 E não pensem que Dilma negou as pedaladas, não. Ela as admitiu nestes termos: “Nós escolhemos um caminho, uma política, e podem ter certeza de que essa escolha, mais cedo ou mais tarde, sempre é cobrada. Uma parte do que me acusam é de ter pago o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida. Uma parte do que me acusam é por isso. Paguei, sim. Mas nós pagamos com dinheiro do povo brasileiro. Não foi empréstimo que pagou o Minha Casa Minha Vida, foi o dinheiro legítimo dos tributos pagos pelo povo desse país”.
 Aí está, para aqueles ditos juristas do nariz marrom que lhe foram puxar o saco no Palácio do Planalto, a confissão do crime. Atenção! Dos R$ 40 bilhões das pedaladas dadas só em 2014, R$ 19,6 bilhões foram do BNDES, que nada têm a ver com os programas sociais a que se referiu na governanta. Dilma está admitindo o crime, sim. Deixa claro que o cometeu de forma consciente. E conta uma mentira sobre a destinação do dinheiro.
 É evidente que, se Dilma acha que está diante de uma ação golpista, então ela não reconhece as instâncias que vão avaliar o processo contra ela e, eventualmente, julgá-la. Se é assim, como é que aceita se submeter, então, a um julgamento que pode contemplar um golpe?
Se é como diz a presidente, o melhor que ela tem a fazer é voltar às suas origens, aderir a um grupo clandestino e partir para a resistência armada. Mas que o faça já, não é? Não pode esperar a votação da Câmara e, eventualmente, o julgamento do Senado.
 Ou será que a presidente deixou a luta armada para mais tarde, para a hipótese de o Congresso fazer a coisa certa e, diante da confissão do crime e a evidência de que ela o cometeu de modo claro, consciente e determinado, condená-la por isso?
 No blog de Reinaldo Azevedo
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Diário do Brasil, Brasília, Mídia Independente. Vejo no face book uma notícia tão estapafúrdia, que custei a acreditar. Dilma oferece aos ministros do STF um jantar com a desculpa do dia do advogado. Marco Aurélio Mello não aceitou. Se esta notícia é verdadeira, essa senhora é de uma desfaçatez impressionante. Na quarta o Ministro Fachin, cuja escolha no sorteio agradou e muito ao PCdoB, vai remeter ao plenário as contestações do partido laranja ao pedido de impeachment.
Como pode a "presidenta" convidar ministros do STF para um jantar às vésperas de uma decisão que lhe interessa? Esse país perdeu de vez a compostura. Duvido que algum ministro aceite. Os que porventura aceitaram, já demonstraram o seu lado sem isenção.
E sabem o que mais? Todos os que estão falando do tal de impeachment estão falando aos ventos, pregando no deserto. Vai dar em nada e Lula se elege em 2018. Com urnas e bolsas.
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